o movimento dos ponteiros de segundos
perduram entre os sorrisos falsos
sobre o piano calado
todos datam a eternidade
quem dera a velocidade dos carros
desse o compasso do tempo
preso nas celas por cordas
de minha goela seca
não há amor na revolução
há apenas retratos mudos
desbotados pela distância
e por lembranças deturpadas
quem dera essas balas do tambor
de meu revolver fossem palavras
e estourassem o vazio do tic-tac
que trago em minha cabeça
Larissa Marques
[postado por valder]
2 comentários:
Muito bom!!!
honrada com a escolha, obrigada!
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