quinta-feira, 19 de julho de 2012

Dor do Olhar

Olha só o que se vê da janela,
Lindos quadros, de tristonhos,
                                  são luz.
A malícia é um ser que seduz.
Por Augusto tude em forma
                                de cruz.

Olho e me calo,
finjo não entender.
Espero e não falo,
para enfim esquecer.

Da janela, vinham palmas eufóricas.
Do palco, a desolação.
A calçada estava cheia de folhas.
Em uma noite de vendaval.

Olho e me calo,
finjo não entender.
Espero e não falo,
para enfim esquecer...

que o poeta não quer amor,
o poeta não quer amar.
o poeta vive na dor,
na dor do seu olhar.


Gabriel Borges

                                            

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