a chuva escoa na minha janela
vejo pequenos buracos virarem poças
e poças formarem
um espelho acometido pelas gotas
que ainda caem
a rua alagada
me
navega no tempo
quando o cheiro de terra
antecipava o temporal
e eu, , pela janela
olhava
minha rua tornar-se uma Veneza
e sonhava, um bom sonho
com gôndolas guiadas por homens de camisas listradas
deslizando
para além do meu mundo
o que fazia era esperar
o sino da aula tocava distante
e nenhuma gôndola vinha
me buscar
olhava o céu e aguardava
o sol
em algum momento
resolvia aparecer
a chuva
também
decidia se entregar
corria então
à orla de minha rua
levando minha gôndola
ora de papel, ora de madeira
e a via partir
para os confins do mundo
além do semáforo da esquina.
vejo pequenos buracos virarem poças
e poças formarem
um espelho acometido pelas gotas
que ainda caem
a rua alagada
me
navega no tempo
quando o cheiro de terra
antecipava o temporal
e eu, , pela janela
olhava
minha rua tornar-se uma Veneza
e sonhava, um bom sonho
com gôndolas guiadas por homens de camisas listradas
deslizando
para além do meu mundo
o que fazia era esperar
o sino da aula tocava distante
e nenhuma gôndola vinha
me buscar
olhava o céu e aguardava
o sol
em algum momento
resolvia aparecer
a chuva
também
decidia se entregar
corria então
à orla de minha rua
levando minha gôndola
ora de papel, ora de madeira
e a via partir
para os confins do mundo
além do semáforo da esquina.
Jairo Tx
Desenhista, ilustrador, fótografo amador, o 'arteiro' em questão é rio-grandino, mestre com imagens e novo no mundo da poesia - seus poemas mais antigos têm pouco mais de um ano e neles as palavras sempre vêm bem acompanhadas por outras formas [trouxe para cá este poema desmembrado de sua figura companheira - para ver o trabalho inteiro, clique >aqui<].
[postado por Ju Blasina]
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